Você sabia que coração e estrogênio possuem uma ligação muito mais próxima do que se imagina? Isso explica o motivo das mulheres na menopausa terem maior risco de doenças cardiovasculares.

Afinal, é nesta época da vida que seus níveis de estrogênio no corpo se reduzem, causando vários dos sintomas típicos da menopausa.

Mas essa ligação entre coração e estrogênio é ainda mais importante, como explico no artigo que compartilho abaixo. Siga a leitura e descubra!

Estrogênio e Saúde do Coração

Já na década de 1970, os pesquisadores suspeitavam que o estrogênio oferecia proteção contra doenças cardiovasculares. 

Isso foi baseado na simples observação de que as mulheres (cujos níveis de estrogênio são mais altos) tendem a desenvolver doenças cardíacas cerca de dez anos depois dos homens. 

Esse momento coincide com a transição da menopausa, o que faz com que os níveis de estrogênio caiam. 

Certos fatores de risco para doenças cardíacas (como hipertensão arterial) também aumentam na época da menopausa.

Hoje, é amplamente aceito que o estrogênio oferece benefícios cardiovasculares e que a menopausa pode influenciar o perfil de saúde do coração de maneiras complexas. Aqui estão algumas áreas onde vemos esse impacto:

Hipertensão

Os vasos sanguíneos se contraem e dilatam naturalmente no decorrer de sua vida diária. Quando eles estão contraídos, sua pressão arterial aumenta. 

Isso é útil em certas situações (por exemplo, quando está frio e você está preservando o calor vital), mas pode ser prejudicial ao coração e aos vasos sanguíneos se a pressão permanecer alta por muito tempo. 

O estrogênio é um poderoso vasodilatador: permite que os vasos sanguíneos relaxem, aliviando a carga sobre o sistema circulatório. 

Isso explica por que as mulheres tendem a ter pressão arterial mais baixa do que os homens antes da menopausa, mas experimentam um aumento significativo da pressão arterial durante a transição para a menopausa. 

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Aterosclerose

Quando uma pessoa sofre um derrame ou ataque cardíaco, a causa subjacente geralmente é a aterosclerose: um estreitamento e endurecimento dos vasos sanguíneos. 

A aterosclerose ocorre placas começam a se acumular ao longo das paredes internas dos vasos sanguíneos. 

Essas placas duras impedem que os vasos sanguíneos se flexionem normalmente. Por fim, um vaso sanguíneo pode ficar completamente obstruído ou romper, causando danos catastróficos ao coração ou ao cérebro.

O estrogênio parece reduzir a aterosclerose ajudando o corpo a remover as células inflamadas (um processo chamado autofagia) que, de outra forma, poderiam se transformar em placas. 

Uma riqueza de evidências científicas mostra que baixos níveis de estrogênio causam aumento da aterosclerose.

Estresse Oxidativo

A química básica dos corpos vivos requer um tipo de partícula chamada espécies reativas de oxigênio (ERO). 

Estas são moléculas poderosas e altamente reativas que desempenham um papel crítico no metabolismo normal, inclusive no coração e nos vasos sanguíneos. 

Mas ERO são uma faca de dois gumes. Quando muitos deles se acumulam em seus tecidos, eles podem causar danos no nível celular. Isso é chamado de estresse oxidativo. 

Em seu sistema cardiovascular, tem sido associado a isquemia, hipertensão e insuficiência cardíaca.

O estrogênio pode ajudar a proteger contra o estresse oxidativo. Essa ação é dupla: primeiro, ajuda a prevenir a formação de ERO, cortando o estresse oxidativo pela raiz. 

E segundo, ele atua como um “eliminador” de ERO, varrendo o excesso de moléculas de espécies reativas de oxigênio no coração e nos vasos sanguíneos.

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Papel da reposição hormonal

Muitos pesquisadores acreditam que o estrogênio desempenha um papel cardioprotetor em nossos corpos, e é por isso que as mulheres na pré-menopausa têm menos risco de desenvolver doenças cardiovasculares em comparação aos homens. 

Alguns estudos sugerem que iniciar a terapia de reposição de estrogênio pode ajudar a reduzir seus riscos cardiovasculares. 

É por isso que, quando se fala em coração e estrogênio, a reposição hormonal é uma poderosa aliada da saúde da mulher.

Por fim, espero que esta ligação entre coração e estrogênio tenha ficado clara e, para aprofundar ainda mais seu conhecimento sobre o tema, siga também meu canal do YouTube!