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Estresse e ansiedade em mulheres pode reduzir a ovulação

Quando se fala em fertilidade feminina, há uma estreita ligação entre estresse e ovulação. Por isso, uma abordagem integrativa por parte do médico é fundamental.

A infertilidade pode ter efeitos de longo alcance. Pode afetar o relacionamento de uma pessoa com familiares e amigos, criar dificuldades financeiras, afetar o relacionamento entre os parceiros e afetar negativamente o relacionamento sexual do casal.

Em poucas palavras, a infertilidade pode causar estresse e ansiedade. E para explicar como o estresse e ovulação estão conectados, compartilho o artigo abaixo. Siga a leitura e tire suas dúvidas!

O que dizem os estudos?

Um estudo publicado no American Journal of Epidemiology descobriu que níveis mais altos de estresse estão associados a menores chances de concepção para as mulheres.

Os pesquisadores usaram dados do Pregnancy Study Online (PRESTO), uma coorte pré-concepção em andamento que acompanha casais por 12 meses ou até a gravidez, o que ocorrer primeiro. 

Para o estudo, os pesquisadores acompanharam 4.769 mulheres e 1.272 homens. Eles não tinham histórico de infertilidade e não tentavam engravidar por mais de seis ciclos menstruais.

Os pesquisadores mediram o estresse percebido usando a versão de 10 itens da escala de estresse percebido (EEP). Ela foi projetada para avaliar o quão imprevisível, incontrolável e opressor um indivíduo considera suas circunstâncias de vida. 

Os itens referem-se ao último mês, com cinco opções de resposta variando de 0 (nunca) a 4 (muito frequentemente), até um total de 40. Desse total, a maior pontuação indica maior nível de estresse percebido. 

Ambos os parceiros completaram o EEP no início do estudo, e as mulheres também completaram o EEP em cada acompanhamento bimestral do PRESTO. Os questionários iniciais também incluíram uma variedade de fatores demográficos e comportamentais, incluindo raça/etnia, renda familiar, dieta, sono e frequência de relações sexuais.

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Resultado dos estudos

Em média, as pontuações iniciais do EEP foram cerca de 1 ponto mais altas entre as mulheres do que entre os homens, e as pontuações médias do EEP de acompanhamento entre as mulheres permaneceram razoavelmente constantes ao longo dos 12 meses em que participaram do estudo.

Os pesquisadores descobriram que mulheres com pontuação EEP de pelo menos 25 tinham 13% menos probabilidade de conceber do que mulheres com pontuação EEP abaixo de 10. A associação também foi mais forte entre as mulheres com menos de 35 anos.

Os pesquisadores descobriram que, se a ligação entre níveis mais altos de estresse e menores chances de concepção é uma associação causal, uma pequena proporção dessa associação pode ser devida à diminuição da frequência de relações sexuais e ao aumento da irregularidade do ciclo menstrual.

Os pesquisadores não encontraram uma associação entre a pontuação do EEP dos homens e a probabilidade de conceber. No entanto, os casais no estudo tinham cerca de 25% menos probabilidade de conceber quando a pontuação EEP do homem era inferior a 10 e a das mulheres era 20 ou superior. 

Os autores escreveram que este é o primeiro estudo a sugerir que a “discordância do estresse do parceiro” pode afetar a probabilidade de concepção, embora a descoberta tenha sido imprecisa e especulativa.

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Estresse e ovulação

Logo, para casais tentantes, fica claro a importância do gerenciamento do estresse. É papel do médico também orientar os casais sobre a importância da saúde mental, visto que estresse e ovulação pode ter estreita ligação.

Mais pesquisas são necessárias para entender como o estresse abafa os sinais hormonais que regulam a reprodução, o que pode levar a melhores tratamentos.

De qualquer forma, vemos que estresse e ovulação devem ficar longe caso o desejo do casal seja a concepção. E para mais dicas sobre saúde da mulher, siga também meu canal do YouTube!