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Como os hormônios agem no emagrecimento feminino?

Quando se fala em emagrecimento feminino, vários atores estão envolvidos: alimentação, exercícios, sono, e também os hormônios!

Por exemplo, algumas formas de estrogênio estão ligadas à forma como o corpo controla o ganho de peso. Como tal, quaisquer alterações em seus níveis podem levar a alterações no peso corporal.

Para entender essa relação entre hormônios e emagrecimento feminino, compartilho com vocês o artigo abaixo repleto de informações. Siga e tire suas dúvidas agora mesmo!

Hormônios e peso

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, 29,5% das mulheres têm obesidade — praticamente uma em cada três — contra 21,8 dos homens. O sobrepeso, por sua vez, foi encontrado em 62,6% delas e em 57,5% deles.

E embora isso esteja principalmente ligado à dieta, predisposição genética e estilo de vida sedentário, existem desequilíbrios hormonais que contribuem para o ganho de peso. Ou em alguns casos, evitam a perda de peso em mulheres que já estão acima do peso. 

Aqui estão os hormônios que estão mais comumente envolvidos nisso:

Leptina

A leptina é um hormônio cuja função é inibir a fome e a ingestão de alimentos, sinalizando saciedade ao cérebro. 

É feito em células de gordura, o que significa que quanto mais gordura corporal você tiver, mais leptina você produzirá. 

O problema é que quantidades excessivas de leptina podem levar à resistência à leptina, uma condição na qual há  diminuição da capacidade de resposta  ao hormônio. 

Isso significa que seu cérebro não recebe a mensagem da leptina corretamente, ignora que você está saciada e faz você comer demais. 

Além disso, porque interpreta que você não está recebendo comida suficiente, queima menos calorias para economizar energia.  

Tireoide

O hormônio da tireoide é o hormônio mais comumente associado ao ganho de peso porque regula seu metabolismo e, quando você tem uma glândula tireoide hipoativa ou hipotireoidismo, sua capacidade de processar o que come e convertê-lo em energia é muito mais lenta que o normal. 

Dessa forma, você queima menos calorias do que deveria e, como você já deve saber, as calorias não queimadas podem eventualmente se transformar em gordura.  

Outros sintomas do hipotireoidismo incluem cansaço, pele seca, ritmo cardíaco lento e constipação.

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Hormônio do crescimento

A somatotropina vem da glândula pituitária e é mais conhecida como hormônio do crescimento (GH) porque ativa o crescimento. 

É determinante para a altura, desenvolvimento muscular e ósseo, regeneração celular e reprodução celular. 

Mas também estimula a produção do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1), uma proteína que ajuda a queimar gorduras, açúcares, carboidratos.

Talvez por isso, não seja surpresa que pessoas obesas tenham níveis reduzidos de GH, segundo estudos

As deficiências de hormônio do crescimento aumentam a massa gorda, o que dificulta a perda de peso. 

Grelina

A grelina é chamada de “hormônio da fome” porque há mais no sangue quando você está com fome e muito menos depois de comer. 

É secretado principalmente pelo estômago quando está vazio. Ele “diz” ao seu cérebro que você precisa preenchê-lo e ativa a produção de ácido gástrico, preparando-o para receber comida.

Os níveis de grelina aumentam durante as dietas de restrição calórica, o que explica os desejos por comida. 

O corpo naturalmente quer compensar a perda de peso produzindo esse hormônio para fazer você comer e recuperar as calorias e os reservatórios de gordura.

Cortisol 

Este hormônio do estresse produzido nas glândulas supra-renais desempenha um papel no metabolismo e nos níveis de açúcar no sangue. 

Ele pode produzir glicose a partir de precursores não-carboidratos (um processo chamado gliconeogênese) para aumentar a energia e reverter os episódios de hipoglicemia. 

Mas não pode aumentar os níveis de açúcar no sangue se não reduzir os níveis de insulina (um hormônio produzido no pâncreas que tem o efeito oposto).

Para conseguir isso, o cortisol induz certa resistência à insulina nas células. A resistência à insulina está ligada à obesidade e diabetes quando é crônica. 

É por isso que é importante que os níveis de cortisol voltem ao normal após a situação estressante ou após os níveis de açúcar no sangue terem se estabilizado.

Hormônios Sexuais

Os hormônios sexuais desempenham um papel na distribuição da gordura corporal, que é diferente em homens e mulheres.

Como as mulheres, em alguns casos, podem ter um corpo mais curvilíneo, os hormônios sexuais ordenam que a gordura se acumule nos seios e ao redor dos quadris. 

Com um excesso de níveis de estrogênio, os corpos das mulheres podem ficar em forma de pêra. Isso é chamado de obesidade ginoide.

Os homens armazenam gordura na barriga, então seus corpos ficam em forma de maçã quando ganham muito peso. 

Esta é a obesidade típica do tipo masculino, mas as mulheres na pós-menopausa também podem ser afetadas.

A gordura da barriga é mais fácil de perder, mas é mais perigosa em termos de doenças relacionadas à obesidade.

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Emagrecimento feminino

Conseguir o emagrecimento feminino começa com a descoberta dos hormônios que afetam seu peso. 

Se você tiver um desequilíbrio causado por um problema médico subjacente, também será necessário obter o diagnóstico e o tratamento corretos.

É por isso que para uma estratégia de perda de peso eficiente, é fundamental o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Com vários profissionais envolvidos, fica mais fácil descobrir, tratar e ter sucesso no emagrecimento.

Inclusive, para aprofundar ainda mais este tema tão envolvente, compartilho abaixo um vídeo que gravei para meu canal do Youtube. Nele trato o tema com minha querida amiga Dra Etianne Andrade. Dê o play e confira!