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Alimentação e endometriose: entenda as influências

Você sabia que existe uma forte relação entre alimentação e endometriose?

Sabemos que os cuidados com a alimentação são essenciais para uma vida plena. No entanto, em meio à correria do cotidiano, é comum que nem sempre todas as refeições sejam balanceadas ou naturais.

Hoje, quero conversar com minhas ginemusas – e todos os profissionais de saúde interessados – sobre os efeitos da alimentação sob a mulher que sofre com a endometriose.

Como ocorre a endometriose?

Entre os sintomas que a mulher com endometriose sofre, podemos destacar:

  • Dor na relação sexual;
  • Fortes cólicas menstruais;
  • Dor para evacuar;
  • Dificuldade para engravidar.

Isso se caracteriza principalmente devido ao escape do tecido endometrial, que é o mais profundo do útero, para fora do organismo.

Ainda não existe uma resposta científica da medicina para explicar por que as células endometriais deixam a cavidade do útero e podem se depositar em outras partes do corpo, inclusive nos ovários e no intestino.

Porém, o local onde mais costuma incomodar é quando fica nos ligamentos de fixação do útero, no canal onde desce em direção à vagina.

O que se sabe é que o endométrio é a região que mais responde às influências hormonais do ciclo menstrual.

Ao longo de 14 dias do ciclo, essa camada uterina fica mais grossa para receber o provável bebê graças à ação do estradiol responsável por multiplicar as células do endométrio.

Assim, por volta do 14º dia, quando a mulher ovula, além do estrogênio, a progesterona começa a ser produzida pelo organismo para favorecer que o óvulo fecundado possa fixa-se com facilidade no útero.

No entanto, quando a gravidez não acontece, esses hormônios caem e o corpo prepara-se para menstruar. A ação da progesterona faz que essas células endometriais sangrem, assim, mesmo aquelas fora do útero também sangram devido à inflamação gerada no local.

Causas da endometriose

Embora ainda não conhecemos as causas, sabemos que a origem da endometriose é 80% hormonal e 20% inflamatória.

A maioria das mulheres trata a parte hormonal, no entanto, segue sofrendo com a inflamação da endometriose. É por isso que continuam sofrendo com o problema.

Sabemos que a alimentação está intimamente ligada aos processos de inflamação do organismo. Portanto, saber quais alimentos evitar também é essencial para lidar com os incômodos dessa doença.

Tratando a endometriose pela alimentação

Como a endometriose é uma doença clínica e não cirúrgica.

Portanto, o estilo de vida não pode facilitar a inflamação.

Um alimento industrializado, repleto de aditivos e conservantes, ao adentrar o organismo, causa uma série de alterações na flora intestinal que chamamos de disbiose intestinal.

Nenhum organismo foi criado para absorver tantos alimentos industrializados na quantidade como consumimos hoje. No entanto, devido ao nosso estilo de vida mais dinâmico, é claro que optamos por alimentos mais práticos e que levam tais elementos.

Para as pacientes com endometriose, existe uma dieta que, quando bem conduzida por médico e nutricionista funcional, pode auxiliar a recuperar o estilo de vida.

É uma dieta com baixa quantidade de FODMAPS. Da sigla do inglês, forma-se o acróstico a seguir:

  • Fermentáveis;
  • Oligossacarídeos;
  • Monossacarídeos
  • And
  • Polióis

Os polióis entendemos pelo xilitol, sorbitol e o eritritol, assim como algumas frutas ricas em fruotose, quando fermentam geram alterações na flora intestinal e pioram a inflamação.

Assim, o melhor é evitar tais alimentos que podem ocasionar em mais dores e inflamações à mulher com endometriose.

Gosto de trazer assuntos como esse porque entendo o quanto as mulheres com endometriose sofrem com dores. Portanto, tudo o que estiver ao alcance para melhorar a qualidade de vida, recomendo que seja feito.

Espero que este artigo te ajude a compreender como a alimentação pode ajudar a mulher com endometriose.

Para saber mais, assista ao vídeo abaixo e aproveite para inscrever-se em meu canal do YouTube.