Os hormônios são tão importantes na condição de saúde dos indivíduos quanto a alimentação, a atividade física ou o estilo de vida. Quando se fala em hormônios femininos, essa questão ganha ainda mais relevância. Sendo assim, no artigo que segue, relaciono os principais pontos sobre a reposição hormonal na menopausa.
O acontecimento da menopausa, ou seja, da última menstruação, costuma vir acompanhado de dúvidas, receios e inseguranças.
Essa realidade é comum, pois a falta de informações seguras acerca do assunto, posterga o entendimento que a mulher pode ter sobre sua condição hormonal nessa fase da vida.
Sendo assim, somente quando a sintomatologia do climatério e da menopausa começa a comprometer sua qualidade de vida é que a mulher procura ajuda médica e se abre para possíveis tratamentos, a exemplo da reposição hormonal.
Desde o nascimento da menina, já se conhece o caminho pelo qual ela percorrerá ao longo da sua vida reprodutiva. Estar aberta para entender o belíssimo funcionamento do seu corpo, respeitando-o, não significa aceitar as consequências do tempo como sendo situações normais, a exemplo do que acontece na idade madura.
A reposição hormonal na menopausa é um notável exemplo de como se pode devolver o prazer pela vida, a uma mulher que antes, só enxergava desgaste e abatimento.
Portanto, se você deseja saber um pouco mais sobre reposição hormonal, siga comigo até o final da leitura, minha querida Ginemusa.
Impactos do declínio hormonal
Os hormônios são responsáveis pelos acontecimentos mais importantes no corpo humano: a qualidade do sono, o bom humor, a motivação, o controle de situações estressoras, o crescimento estrutural, o ganho ou perda de peso, o funcionamento adequado do metabolismo e, principalmente, a possibilidade de reprodução da espécie humana.
A chegada da menopausa marca o fim da idade fértil da mulher. Ou seja, a partir daquele momento, ela deixa de produzir alguns dos principais hormônios femininos como o estrogênio e a progesterona. O estrogênio é responsável pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias, como o crescimento das mamas e pelos pubianos, mas também, é extremamente importante no composição da estrutura óssea feminina e na saúde cognitiva.
Já a progesterona é encarregada por regular o ciclo menstrual preparando a mulher para uma possível fecundação.
Além disso, a mulher sofre com a queda da testosterona. Ou seja, a partir deste momento passa-se a vivenciar o que chamamos de declínio hormonal gonadal.
Ao passar por essa fase, a mulher começa a precisar conviver com as manifestações resultantes da falta desses hormônios, que normalmente, são:
- Ondas de calor que causam constrangimentos – os conhecidos fogachos;
- Queda de cabelos mais frequente do que o normal;
- Unhas e cabelos quebradiços;
- Sudorese noturna;
- Insônia;
- Sensações de cansaço recorrentes;
- Ressecamentos vaginal;
- Baixa libido;
- Alterações bruscas de humor;
- Sensações de tristeza e ansiedade;
Reposição na menopausa: o que é?
A disfunção gonadal insere a mulher em um processo de envelhecimento brusco, protagonizado pelos sintomas que listei logo acima.
No entanto, essa situação não pode/deve ser vista como algo normal ou como consequência da sua idade. A reposição hormonal na menopausa é um caminho inteligente que retira a mulher de uma situação desgastante e crítica, devolvendo a ela, o interesse pela vida e por si mesma.
Sendo assim, é importante saber que a reposição hormonal diz respeito a um tratamento individualizado que repõe os hormônios femininos aliviando os sintomas decorrentes da menopausa. A reposição hormonal não interrompe o processo de queda hormonal e, nem mesmo, retrocede a menopausa.
Seu principal objetivo é permitir que a mulher tenha qualidade de vida durante toda a vida e não somente uma parte dela.
Como descobrir o melhor tratamento
A reposição hormonal na menopausa precisa ser avaliada de forma individualizada levando em conta o histórico de saúde da mulher, seu estilo de vida e a sintomatologia da menopausa. Bem como excluir possíveis contraindicações que impeçam seu uso.
Um ponto fundamental que não pode ser negligenciado nessa questão, é a indicação de reposição hormonal de maneira banalizada, sem uma devida investigação detalhada. E neste cenário, as consequência podem ser cruéis, fazendo com que a mulher veja a reposição hormonal como vilã.
Existem diversas formas de realizar a reposição hormonal. Contudo, o mais importante é procurar conhecimento sobre o assunto e sobre os prós e contras de cada método. Observe se o seu médico se interessa pelo histórico de saúde da sua família, pelos seus hábitos diários e pelas seus receios quanto a reposição hormonal.
A escolha de um tratamento adequado começa com uma longa e transparente conversa. Além de uma série de exames laboratoriais e de imagem, avaliação de fatores de risco, história familiar entre outros.
Você pode melhorar sua qualidade de vida
Se você pode melhorar a qualidade de vida na menopausa, porque não escolheria essa opção?
Medos, dúvidas e opiniões divergentes, tendem a paralisar as mulheres na escolha pela reposição hormonal na menopausa. Mas, se você chegou até esse ponto da leitura, pôde compreender que a reposição hormonal apresenta mais vantagens do que problemas quando bem indicada e nas mãos de um profissional habilitado, visto que atua fortemente na diminuição do desgaste físico e psicológico pós menopausa.
A principal diferença na sua decisão, se dará na forma como a reposição hormonal será conduzida. Portanto, converse abertamente com seu médico sobre o assunto.
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