Mulheres que usam camas de bronzeamento artificial ou tomam sol regularmente podem ter um risco aumentado de desenvolver endometriose.

Os dados são de um estudo bastante recente, publicado no final de 2020, e que coloca um ponto de atenção nas causas da endometriose.

Pesquisas anteriores relataram uma associação entre endometriose e câncer de pele, com evidências de fatores de risco compartilhados entre as duas doenças. 

Agora, uma nova luz é lançada sobre a relação, que detalho no artigo que preparei abaixo!

O que diz o estudo

O estudo, foi publicado na revista Human Reproduction, da Oxford Academic — um dos principais periódicos de medicina reprodutiva revisados ​​por pares do mundo.

O estudo analisou mais de 116.000 mulheres nos EUA e descobriu que o risco de endometriose aumentava quanto mais essas mulheres usavam camas de bronzeamento artificial ou eram queimadas pelo sol durante a adolescência e a idade adulta jovem.

Embora os mecanismos exatos subjacentes à associação entre endometriose e melanoma não sejam conhecidos, vários estudos encontraram um risco maior de endometriose em mulheres sensíveis à luz solar, que não se bronzeiam facilmente e têm cabelos ruivos, olhos claros, sardas ou alta número de moles.

Essas associações podem refletir um fundo genético comum entre endometriose e melanoma, ou uma associação subjacente entre exposição ao sol e risco de endometriose.

No entanto, o estudo também descobriu que as mulheres que vivem no sul dos EUA, onde há os mais altos níveis de luz ultravioleta no país, eram menos propensas a serem diagnosticadas com endometriose.

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Como o estudo foi conduzido

O novo estudo analisou 116.429 mulheres brancas na pré-menopausa que ingressaram no Estudo de Saúde de Enfermeiras dos EUA II em 1989, quando tinham entre 25 e 42 anos.

A cada dois anos até junho de 2015, os participantes preencheram questionários que perguntavam sobre seu histórico médico e sua exposição a fatores de risco para várias doenças crônicas. 

As participantes também foram questionadas sobre sua tendência a queimaduras solares, o número de pintas nas pernas e o número de queimaduras solares graves entre 15 e 20 anos.

Em 1993, as participantes começaram a fornecer informações sobre o uso de protetor solar e foram questionadas se tinham endometriose diagnosticada por laparoscopia. Em 2005, os pesquisadores começaram a registrar o uso de camas de bronzeamento pelas participantes durante a adolescência e início da vida adulta.

O estudo descobriu que as mulheres que usaram camas de bronzeamento seis ou mais vezes por ano entre as idades de 25 e 35 anos tiveram um risco 24% maior de serem diagnosticadas com endometriose. 

Aqueles que os usavam seis ou mais vezes por ano quando eram adolescentes tinham um risco 19% maior, de acordo com o estudo.

O estudo ainda relatou que quase sete em cada 100 mulheres desenvolveriam endometriose se usassem camas de bronzeamento mais de três vezes por ano.

Além disso, os pesquisadores relataram que as mulheres com histórico de cinco ou mais queimaduras solares na adolescência tiveram um risco 12% maior de um diagnóstico de endometriose em comparação com mulheres que nunca sofreram queimaduras solares.

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Cuidado com as camas de bronzeamento

Este estudo reforça o conselho de evitar o uso de camas de bronzeamento e sugere que pode haver um benefício adicional na redução do risco de endometriose. 

As mulheres devem seguir os conselhos de saúde de nunca usar camas de bronzeamento, evitar queimaduras solares e proteger sua pele de exposição ao sol cobrindo-se, procurando a sombra e usando um protetor solar UVA/UVB de amplo espectro.

Desta forma, é possível se prevenir o surgimento da endometriose, conforme aponta o estudo. 

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